Objectivos:

O principal objectivo do nosso projecto a decorrer durante este ano lectivo, 2009/2010, é a recolha de informações sobre as tradições dos nossos antepassados, apreendendo mais sobre a nossa cultura e criando uma entreajuda entre nós (jovens) e os mais velhos (idosos), aproveitando os conhecimentos que estes nos transmitem, proporcionando-lhes uma visita guiada aos lugares mais relevantes sob o ponto de vista histórico das Terras da Maia. No final, apresentaremos uma banda desenhada retratando os momentos chave do trabalho.

Acerca da Maia...

Aspectos Geográficos

O concelho da Maia, do distrito do Porto, localiza-se na Região do Norte (NUT II) no Grande Porto (NUT III) e faz parte da Área Metropolitana do Porto. É um concelho densamente urbanizado, com forte implantação industrial.
O clima da Maia é ameno e os seus solos são conhecidos pela sua fertilidade.
Confina com os concelhos de Vila do Conde e Trofa a norte, Santo Tirso, Valongo e Gondomar a este, Porto a sul e Matosinhos a oeste.
Com uma área de 83,2 km2, compreende 17 freguesias: Águas Santas, Barca, Folgosa, Gemunde, Gondim, Gueifães, Maia, Milheirós, Moreira, Nogueira, Avioso (Santa Maria), Avioso (São Pedro), São Pedro Fins, Silva Escura, Vermoim, Vila Nova da Telha e Pedrouços.
Em 2005, o concelho apresentava 127 369 habitantes.
O natural ou habitante de Maia denomina-se maiano ou maiato.



História e Monumentos

O concelho tem um povoamento milenar. Foram encontrados vestígios que datam do paleolítico.
Em 1519 D. Manuel I concedeu foral à Maia.
O território que é hoje o concelho da Maia é apenas uma pequena parte do que foi no século XVIII, quando se alongava desde a cidade do Porto até ao rio Ave, chegando a alcançar o mar. Com a reforma de Mouzinho da Silveira, a Maia perde algumas freguesias que passaram então a integrar os concelhos vizinhos, como foi o caso do Porto, Matosinhos, Gondomar e Vila do Conde.
Dos vários monumentos do concelho, destacam-se a Igreja de Águas Santas, do século XIII, a Igreja Conventual de Moreira da Maia, do século XVI, o mosteiro de Moreira, o solar e Quinta dos Cónegos, a ponte romana sobre o rio Leça e os oito marcos miliários da via romana de Braga ao Porto.
O património concelhio integra ainda moinhos fluviais ou de rodízio que em tempos faziam a moagem do trigo e do milho.



Tradições, Lendas e Curiosidades

Realizam-se várias feiras no concelho, como as semanais em Castelo às segundas-feiras, na Maia aos sábados, em Nogueira às quartas-feiras, em Moreira às quintas-feiras, em Santana às sextas-feiras e em Pedrouços às terças-feiras. Na Maia há mercado todos os dias.
O segundo domingo de Julho é o dia da romaria de Nossa Senhora do Bom Despacho, na Maia. Na freguesia de Gueifães tem lugar a festa de Nossa Senhora da Saúde, quinze dias depois do domingo de Páscoa.
O feriado municipal é na segunda-feira posterior ao segundo domingo de Julho.
A tradição trouxe até aos nossos dias os trajes típicos deste concelho, como o traje de trabalhar, de feirar, de ir à festa, de ir à missa de domingo e dos noivos. Da mesma forma, os ranchos folclóricos conservam as danças tradicionais. É o caso do verdegar, do malhão-do-dia, do malhão-da-noite, da cana real da Maia, do regadinho, da Ó Ana se tu és Ana, da Primavera e do vira das desfolhadas.
Foi na Maia que se produziram muitas das velas que equiparam as caravelas do tempo dos descobrimentos.
A tradição artesanal da Maia engloba a carpintaria, a cerâmica, os brinquedos, a cestaria, a confecção de trajes regionais, a chapelaria, a escultura, o fabrico de instrumentos musicais, de sinos, de candeias, a tamancaria, a fundição, a latoaria, a pirotecnia, a tecelagem, o trabalho de materiais como o ferro, a pedra, o vidro e o estanho, a confecção de doces regionais, de aguardentes e licores, de enchidos e do pão.



Economia

O concelho da Maia tem apresentado uma dinâmica de crescimento assinalável, para a qual tem contribuído, além do empenho dos seus habitantes, as boas acessibilidades, das quais se salienta a proximidade do aeroporto Francisco Sá Carneiro. Estes factores estão certamente na origem da forte industrialização do concelho, que é um dos mais industrializados do distrito.
A agricultura desde há muito que vem usufruindo dos solos férteis, produzindo-se batata, frutas, feijão, milho, produtos hortícolas, trigo e vinhos, muitas vezes de forma tradicional, mas em muitos casos com técnicas e equipamentos modernos.
O concelho possui já um conjunto alargado de equipamentos de lazer que potencializam o desenvolvimento do turismo. A tendência de crescimento do comércio e serviços, nomeadamente com o aparecimento de grandes superfícies comerciais, confirmam uma certa terciarização das freguesias do concelho da Maia.

Referenciar documento
Maia. In Diciopédia. Porto : Porto Editora, 2007.

Andreia Filipa